15 de setembro | 2024

“A Arte de Agradar” – mostra como se libertar do agradador que existe em você

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A Garota da Ponte

Os vestígios de um passado doloroso podem se manifestar de diferentes formas em cada pessoa. No caso da protagonista de “A Garota da Ponte”, isso acontece principalmente nos comportamentos autodestrutivos e nas dificuldades de se relacionar amorosamente. Mas Simone prefere internalizar tudo o que sente e descontar as dores no trabalho. É a partir desta personagem complexa que o escritor Vinicius Monfrinato explora os limites da mente humana e chama a atenção para a importância de buscar ajuda para o bem-estar psicológico. A verdade vem à tona quando Simone sofre um grave acidente. Em uma noite tempestuosa na cidade de São Paulo, ela e a melhor amiga Flávia capotam o carro e ficam penduradas na icônica Ponte Estaiada, sobre o Rio Pinheiros. O acontecimento trágico desencadeia uma série de eventos que revelam segredos sombrios e traumas profundos, como as ameaças e os abusos sofridos pelo pai na infância. A amiga Flávia, que também foi violentada enquanto morava com a família, sempre foi seu maior apoio. Mas, ao mesmo tempo em que a amizade é alento, também traz dores, pois a jovem namora o grande amor da vida da protagonista, Marcos. De família humilde, ele enfrentou racismo como único negro na escola, e foi Simone quem sempre o defendeu. Amigos e, depois, parceiros, ficaram juntos por 15 anos, porém a relação sofreu complicações e então chegou ao fim.  À medida que a trama se desenrola, o leitor acompanha as lutas internas de Simone e a busca dela por identidade em meio ao sofrimento. Desta forma, o autor explora questões como desigualdade social e racismo, a complexidade das emoções humanas, além de violência sexual infantil, ambiente familiar tóxico e suas consequências psicológicas. Recheado de diálogos em 22 capítulos curtos, o livro conta com QR Codes que levam a playlists com as canções mencionadas no enredo. A partir desta proposta dinâmica e interativa, Vinicius Monfrinato sublinha a relevância dos cuidados com a saúde mental e a necessidade de apoio emocional para superar as adversidades. Com 255 páginas, o livro é da Editora Perensin.

 

Revoltas Escravas no Brasil

Em 1888, a vitória da causa abolicionista, materializada por uma lei imperial, ajudou a propalar a mitologia histórica de que a libertação dos escravizados ocorreu sem lutas e derramamento de sangue. Os ensaios reunidos por João José Reis e Flávio dos Santos Gomes neste livro comprovam justamente o contrário. Embora a história dos quilombos já possua bibliografia ampla e bem estabelecida, as revoltas e conspirações nas senzalas, modalidade mais aguda e violenta da resistência negra, têm sido menos estudadas e compreendidas. Até a abolição, milhares de cativos e cativas se irmanaram para protestar e, na maior parte dos casos, resistir violentamente contra a tirania escravista. Reunião de ensaios que abordam os principais levantes e conspirações que solaparam o regime escravagista, “Revoltas Escravas no Brasil” procura compreender as origens e anseios dos heroicos personagens que arriscaram a vida para resistir à opressão. Com 672 páginas, o livro é da Editora Companhia das Letras.

 

A Arte de Agradar

Querer agradar aos outros pode parecer um traço de personalidade atencioso ou gentil, mas não é bem assim. A realidade é que esse hábito vem de um desejo de controlar as reações das pessoas e evitar o desconforto que o desagrado delas provoca em nós. No entanto, como efeito colateral, podemos acabar causando ainda mais desconforto em nós mesmos, além de baixa autoestima e autoabandono. “A Arte de Se Agradar” ajuda o leitor a se reconectar com seu verdadeiro eu e a aprender que o objetivo de agradar a si mesmo não é se importar menos com os outros, mas se importar melhor. Ao longo destas páginas, o leitor vai descobrir como aceitar o julgamento em vez de evitá-lo e como se sentir melhor quando não conseguir agradar a alguém. Este livro vai te ensinar a ser você. Em “A Arte de Se Agradar”, a psicóloga Emma Reed Turrell mostra como se libertar do agradador que existe em você e ensina como se recuperar da rejeição, em vez de temê-la – para vivermos de maneira mais autêntica e empática. Com 264 páginas o livro é da Editora Fontanar.

 

Até o Fim do Tempo

Em “Até o Fim do Tempo”, o físico Brian Greene parte do fato de que nós somos as únicas criaturas com consciência de nossa finitude – e de que o universo também vai morrer um dia – para reconstituir o percurso que abrange a criação e o fim do cosmos. Combinando uma série de histórias que explicam e conectam diversas camadas da nossa realidade, o que há de mais recente nas pesquisas científicas e a verve narrativa dos melhores escritores, o autor constrói uma análise formidável sobre como nos tornamos o que somos hoje, onde estamos agora e para onde estamos indo. Das partículas aos planetas, da consciência à criatividade, da matéria ao sentido, este livro oferece uma nova perspectiva a respeito do que significa ser humano, que nos permite compreender e apreciar nosso momento fugaz, mas absolutamente inesquecível, no universo. Com 448 páginas, o livro é da Editora Companhia das Letras.

 

 

 

 

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