15 de agosto | 2024

1878 – A História de Clarice

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Ensaios de A a Z para Mentes Inquietas

Em “Ensaios de A a Z para Mentes Inquietas”, o psicólogo clínico e doutor em Filosofia Clécio Branco dispõe do alfabeto para apresentar uma espécie de dicionário de temas do cotidiano e propor reflexões acerca da pluralidade do ser humano e da natureza que o cerca. Com base na Filosofia, Literatura, Sociologia e Antropologia, o autor mescla as teorias de Platão, Nietzsche, Deleuze e outros pensadores antigos e modernos com populares produções cinematográficas, como a série “Breaking Bad” e o filme “Um Dia de Fúria”, para reunir o que chama de “pedacinhos de inspiração”. O escritor oferece pequenas doses de alento ao que o filósofo e ensaísta sul-coreano Byung-Chul Han chama de “sociedade do cansaço”, em textos curtos e profundos. O conteúdo é influenciado por leituras, palestras e a experiência de 25 anos em escutas de pacientes, além de imagens da natureza. “Ensaios de A a Z para Mentes Inquietas” propõe o aprofundamento gradual na existência por meio de palavras pinçadas, e sem a necessidade de uma ordem de leitura, de forma que o conteúdo desperte maior consciência sobre o ritmo de vida de cada um. Antes de abrir este livro, pare, respire e prepare-se para pensar o mundo como nunca o fez antes.

 

1878 – A História de Clarice 

Clarice sempre viveu à sombra da irmã mais velha. Mas a jovem vê a própria vida mudar drasticamente quando a primogênita, Amélia, foge com um namorado desaprovado pelo patriarca, levando com ela a honra da família. Para evitar a desgraça social, o pai de Clarice decide casá-la com Nuno, o filho libertino de uma linhagem familiar tradicional e de renome, porém falida. O problema é que a última coisa que a protagonista do livro “1878 – A História de Clarice” gostaria de fazer é se casar. Ainda mais com um homem que ela não conhece e por quem não está apaixonada. Ambientado no fim do Século XIX, com uma riqueza de detalhes da cultura brasileira da época, este premiado romance, escrito pela mestre e doutora em Literatura, Mila Mello, transporta o leitor para uma São Paulo oitocentista dos barões do café, um período de opulência e rápidas mudanças sociais e econômicas. Neste cenário, mesmo não seguindo à risca os padrões convencionais impostos pela sociedade, Clarice é obrigada a concordar com as vontades do pai, Luiz Altamir: um respeitado comerciante cafeeiro e o primeiro e mais rico investidor do Banco Comercial do Rio de Janeiro. Por outro lado, Nuno, caçula do Marquês de Valença, também não é um entusiasta do matrimônio e não quer perder a própria liberdade a limitar-se a uma única mulher. Sem ter muitas opções, o rapaz aceita o acordo e o grande dote que vem com ele, afinal, – após a morte do irmão –, cabe ao jovem a responsabilidade de pagar as dívidas de jogos feitas pelo pai, a fim de recuperar as economias da família. Longe de ter expectativas amorosas, o que os protagonistas não esperavam é que o primeiro encontro despertasse uma atração irresistível entre eles: é possível o amor florescer em meio a uma relação de conveniência? Com 192 páginas, o livro é um lançamento da Editora Astrid.

 

No Banco – Os Valores de Ngunji à Mesa dos Drongos

Um dos nove países do mundo que possuem o Português como língua materna trouxe um novo escritor para o Brasil: João Kaveto, empresário e escritor de Angola, desembarca neste mês em terra verde e amarela, para uma série de lançamentos de seu mais recente livro: “No Banco – Os Valores de Ngunji à Mesa dos Drongos”, romance lançado pela Editora Viseu. O livro narra a trajetória de Ngunji (nome comum em Angola que, na linguagem bantu significa “pilar, pessoa lutadora, batalhadora”) que, depois de ver sua família perder tudo em um incêndio causado por uma bomba, à época em que dois partidos políticos reivindicam vitória eleitoral do país, ele, com apenas dez anos de idade, promete à mãe e aos irmãos, consumidos por lágrimas, que lhes dará uma nova casa e uma vida digna. Munido dos valores da mãe e dos alertas do pai, Ngunji aplica todos os seus recursos contra o poderoso e intrigante Ombipo (metáfora criada pelo autor para descrever o sentimento que se apodera das pessoas antes e durante a prática de atos de inveja e corrupção, tornando-as transigentes à maldade e à prática de ações antiéticas quando estiverem na posição de representantes de instituições públicas). Eis que, de uma forma impensada, Ngunji encontra um jeito de enfrentar o monstro Ombipo e, ao concretizar sua última promessa, se vê obrigado a pagar um prejuízo atrelado aos efeitos da sua paixão por Ulana, uma jovem casada. Com 384 páginas, o livro é da Editora Viseu.

 

Arya

Ao lançarmos luz haverá sombra e é justamente na penumbra que se encontram grandes ensinamentos da vida. A partir dessa premissa, Tiago Petreca, especialista em meditação guiada para a redução do estresse, lança “Arya – O Desnudar de uma Dentre Tantas Almas” pela DVS Editora. A obra serve como bússola para aqueles que escolheram o caminho do autoconhecimento, mas são constantemente compelidos a encarar dúvidas, dores, angústias e questionamentos que as descobertas pessoais podem evidenciar. Escrito em prosa poética, o lançamento incentiva a degustação das palavras e ideias, proporcionando uma pausa no ritmo frenético e solitário das redes sociais. A linguagem rica em metáforas e símbolos pede uma leitura imersiva, confere ao texto uma amplitude de significados e permite a apropriação da narrativa de forma única. Ao longo das páginas, o leitor é acompanhado por Arya, figura que representa a coragem de quem ousa fazer uma viagem interior. Com diálogos que revelam as lições das sombras que emergem quando se joga luz sobre si mesmo, o livro cria um espaço seguro para que cada um explore as próprias vulnerabilidades e descubra as nuances de sua psique. O livro tem 192 páginas.

 

 

 

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